História da Feira do Ribatejo

Decorria o ano de 1954 quando, devido à notória falta de interesse pela Feira do Milagre, a Câmara Municipal de Santarém resolveu realizar a primeira Feira do Ribatejo. A Feira tinha um caráter marcadamente regional, tendo só estado presentes os concelhos do distrito.

Em 1962 realizou-se a nona edição da Feira do Ribatejo. Neste ano, à semelhança dos outros, para além da exposição agrícola e animal, decorreram atividades como touradas (uma das quais à antiga portuguesa), largadas de touros, corridas de cavalos, cortejos de trabalho e gincana automóvel», como mais se efetivou «mais uma edição do Festival Internacional de Folclore, que acontecera pela primeira vez em 1956, na qual se destacou a participação de um grupo da Hungria».

Mantendo a sua componente genuinamente ribatejana, ou escalabitana, pelos touros e o que estes envolvem, os garbosos campinos, o folclore e a gastronomia locais, a Feira do Ribatejo, em pouco mais de 10 anos foi adquirindo uma dimensão crescente, para ela fazendo convergir todo o setor agropecuário e agroalimentar portugueses. Daí que rapidamente tenha adquirido uma escala nacional e, em 1964, tenha passado a partilhar com o título de Feira do Ribatejo, o de Feira Nacional de Agricultura.

Estas duas feiras, que passaram a ser siamesas, foram explanando-se no Chã de S. Lázaro, que entretanto passou a ser denominado Campo Emílio Infante da Câmara e em 1994 transitaram para cerca de 2 km da cidade de Santarém, os 64 hectares onde foram implantadas nas instalações do CNEMA (Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas). Vários aficionados da Feira do Ribatejo são contra esta transição, necessária apenas devido à Feira Nacional de Agricultura, mas que descaracterizou completamento a Feira do Ribatejo.

A mudança também teve a intenção de salvar o CNEMA, à época asfixiado na dívida com que nasceu e que a banca reclamava. Sendo o CNEMA uma instituição relevante para a cidade de Santarém e da sua afirmação como capital agrícola do país – onde a própria Câmara tem participação social, justificava a decisão política de tentar salvá-la de uma iminente falência.

O certame tem patente uma exposição de maquinaria agrícola, equipamentos e serviços de agricultura, artigos comerciais, bem como a representação de associações e cooperativas do mundo agrícola.

Durante nove dias recria-se um ambiente tradicional com a parte Equestre e Tauromáquica, com Ranchos Folclóricos, Grupos de Música Tradicional, Grupos de Música Popular, Grupos de Acordeões, Cantadores ao Desafio, Danças, Sevilhanas, Danças de Salão, entre outros.